domingo, 28 de julho de 2013

domingo, 21 de julho de 2013

Best shoes ever... All good things come to an end...

A gente habitua-se a algumas certezas, tipo: se vou para a montanha levo as botas Nike. Contudo, tudo chega ao fim e ontem, após uma caminhada de quase 4 horas, apercebi-me que estas já cumpriram a sua esperança de vida. Tentei perceber há quantos anos confiava nestas sapatilhas e descobri duas coisas admiráveis: primeira - raramente me tiram fotografias em que se veja os pés; segunda - tinha estas meninas desde 2007. Assim, posso dizer que calcorrearam centenas de quilómetros e foram sempre bestialmente confortáveis. Chegou a hora de as arrumar definitivamente e transformei as lembranças que encontrei destes seis anos e muitas milhas num minuto de filme. A música é da Marta Hugon. 



A MINHA VIDA INTEIRA

De novo aqui, com os lábios memoráveis, único e semelhante a vós.
Persisti na aproximação da ventura e na intimidade da pena.
Atravessei o mar.
Conheci muitas terras; vi uma mulher e dois ou três homens.
Amei uma menina altiva e branca, de uma hispânica serenidade.
Vi um arrabalde infinito onde se cumpre uma insaciada imortalidade de poentes.
Saboreei numerosas palavras.
Creio profundamente que isso é tudo e que não verei nem executarei coisas novas.
Creio que minhas jornadas e as minhas noites
Se igualam em pobreza e em riqueza às de Deus e às de todos os homens.

Jorge Luís Borges

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Saudades...

Eu haverei de erguer a tua vasta vida
que ainda é o teu espelho:
cada manhã hei de reconstruí-la.
Desde que te afastaste,
quantos lugares se tornaram vãos
e sem sentido, iguais
a luzes acesas de dia.
Tardes que te abrigaram a imagem,
música em que sempre me esperavas,
palavras desse tempo,
terei de as destruir com as minhas mãos.
Em que ribanceira esconderei a alma
para que não veja a tua ausência,
que como um sol terrível, sem ocaso,
brilha definitivamente e sem piedade?
A tua ausência cerca-me
como a corda à garganta.
Como o mar ao que se afunda.

Jorge Luís Borges

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Em greve...

Tinha 6 anos quando se deu o 25 de abril. A minha vida foi uma tropelia de inseguranças e lutas e acho que não me lembro de nenhuma altura em que não houvesse boicotes, greves e outras formas de luta. Até na Faculdade fiz greve, na altura para lutar pelo direito ao estágio pedagógico que quase todas as outras tinham. Os meus alunos estão (acho eu) a fazer exame de português. Eu era coadjuvante, mas estou aqui. Vou para a escola daqui a pouco, tenho relatórios para fazer e outras burocracias que não se presentificam mistificamente. Espero que lhes corra bem, fiz tudo ao longo do tempo que trabalhei com eles para isso e se agora não estou lá é porque entendo que devo lutar por mim, pelos meus colegas e por eles. Relembro uma passagem de "Felizmente Há Luar!", uma obra que tiveram que estudar, de qualidade duvidosa do ponto de vista literário, mas que nos ensina que é preciso tomar posições, nas palavras de Matilde de Melo:

"É preciso que os homens se definam para que possam ser julgados.
É preciso que ele não nos receba – é a nossa oportunidade de o obrigar a definir-se, de o colocar no banco dos réus, para que o juiz o possa julgar…"


Se eu tinha dúvidas quanto à minha adesão a esta greve, quando me convocaram e me quiseram  retirar o direito de opção, tive que optar ao contrário. Isto de aprender a ler em liberdade cria obrigações.

sábado, 15 de junho de 2013

Ai que me esqueci!


Os últimos dias têm sido conturbados: entre greves e trabalho do fim do ano letivo, esqueci-me de postar um feliz aniversário para a minha menina... Ela por cá tem andado, com menos passeios do que gostaria, porque o tempo realmente não chega para nada que não seja preparar aulas, corrigir testes, fazer relatórios e preparar reuniões que não se realizam. Ainda assim, a 10 de junho, consegui levá-la a fazer geocaching e deixá-la andar solta pela mata.

terça-feira, 28 de maio de 2013

OK OK os negatrons por cá andam...


Estas duas últimas semanas têm sido medonhas. Coisas perturbadoras, que me prenunciam que o advento do ómega está por aí. As forças cósmicas tiraram um tempo para me perturbar, mas eu ainda vejo a linha prateada em cada nuvem. Vai chover, mas não há wekafajeka... A caminho, pois de outras luzes, com o horizonte preenchido pela promessa de um outro caminho. Mais luminoso. O caminho das estrelas.
LIVE LONG AND PROSPER!

terça-feira, 21 de maio de 2013

sábado, 18 de maio de 2013

Vade retro negatrons!!!


Bem, desde que 2013 teve início que a minha vida tem sido uma pequena calamidade em cima de outra e ainda o ano não vai a meio. Já fui duas vezes de urgência para o hospital, já avariou quase tudo o que tenho em casa, a scooter duas vezes, nem quero pensar como estará a Suzuki, já me partiram o vidro e assaltaram o carro e já levei a bichinha, inchada e deformada, duas vezes - no espaço de quinze dias - à urgência do veterinário. Nem falo das questões da escola, porque entre Crato, Passos e Gaspar se anunciam hecatombes e tenho tido problemas do arco da velha, ainda que não conheça a velha e nem saiba que arco é que ela tem... Fora os problemas burocráticos do costume: acabo de descobrir que o sistema da FLUP regista que tenho propinas em atraso de 2008!!! Vá lá que tenho ali o recibo, só falta a cadela roer, ou o vento levar, ou haver um incêndio. Já espero tudo. Minha mãe fala na roda que começou a desandar e contra a qual não há luta possível, eu penso em mau olhado e antevejo desgraças futuras. Talvez queime um pauzinho de incenso a ver se consigo expulsar estes negatrons que invadiram a minha morada. Ah!!!! Ai que me esqueci de pagar o IMI! Lá vem coima!!!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ora aqui está a notícia de que estava à espera!!!!



No meio deste ambiente depressivo, temos que encontrar detalhes do quotidiano que, de alguma forma, surjam como promessa de pequenas alegrias (ou de grandes felicidades, já agora). Ainda bem que há fundos para pesquisas científicas e pessoas suficientemente empenhadas para as desempenhar, pois são elas que nos proporcionam boas notícias. Eu cá aprovo o desenvolvimento de estudos que promovam a nossa qualidade de vida e este é mesmo aquele que eu - há anos - gostava de conhecer. De facto, já me tenho questionado muitas vezes: mas porque diabo ficamos com o cabelo branco? Na minha cabeça, que já os tem a branquejar desde os 18 anos, isto não estava apenas relacionado com o passar do tempo e agora os homens da ciência parece que descobriram o antídoto. É de celebrar. Até porque o tempo que nos poupa nas idas atrozes ao cabeleireiro pode ser rentabilizado noutras coisas. Jogar Nintendo, por exemplo: parece que a Zelda para a 3DS sai a 31 de dezembro. Ah, espera, posso jogar no cabeleireiro. Hmmm........

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Convicções


Eis alguém que acredita que se deve usar muitos acentos!