quinta-feira, 22 de março de 2012

Desabafo de dia 22

As duas últimas semanas foram passadas aqui no sofá, a corrigir provas intermédias de má memória e testes de alunos que não leem as obras de leitura obrigatória e depois se surpreendem porque têm maus resultados. Não entendo bem a leva de alunos que tenho neste ano letivo: não estudam, não tiram apontamentos, não ligam nenhuma ao que digo e parece que estão à espera que as coisas lhes corram bem. "Um 2,5?! Como é que é possível tirar um 2,5?!". "Olha, filho, é possível, quando NÃO SE SABE NADA!" Estou farta de pôr vírgulas e acentos e de encontrar testes que me dizem que Camões foi o maior poeta de sempre e que toda a gente acha isso e que escreveu uns poemas faxinantes que toda a gente gosta muito, porque fala de amor e ele até gostava muito de mulheres e esteve em Goa. Pois.
Está uma luz linda, a pobre da cadela dormita a meu lado, resignada, já não passeia há quase 15 dias. Sofremos as duas: ela com a clausura e eu com a ignorância E a clausura.

Ainda por cima, parece que afinal não me entregam a VanVan hoje.
Estou de mau humor!

quinta-feira, 15 de março de 2012

A minha VanVan :)


Já está. E com uma cor bem alegre. Entregam-ma para a semana. É ou não é linda??

terça-feira, 13 de março de 2012

Ora aqui está finalmente

o estudo que fazia falta: comer carne vermelha não devia ser uma parte integrante da nossa dieta. Da minha já não é há cerca de 12 anos e não me faz qualquer falta. A minha saúde é ótima, tirando estiramentos e lesões causadas pela prática desportiva, que, alegadamente, nos faz bem. Claro que a minha opção não tem como motivação questões de saúde, mas é sempre bom saber que há estudos que promovem a redução do consumo de carne, o que, por seu turno, promoverá a redução do abate de animais. E isto é que interessa.

Saudável e feliz. E não come parentes afastados.

sábado, 10 de março de 2012

É ou não é...


... a minha cara??
Suzuki Van Van!!! :) A única dúvida é a cor, eu não queria preto, cor de tempos depressivos, vamos ver se me arranjam a castanha!
Castanhos de outros tempos... Mas já me ficava bem o estilo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Pela praia da Madalena, ao fim do dia

Passemos, tu e eu, devagarinho,
Sem ruído, sem quase movimento,
Tão mansos que a poeira do caminho
A pisemos sem dor e sem tormento.

Que os nosso corações, num torvelinho
De folhas arrastadas pelo vento,
Saibam beber o precioso vinho,
A rara embriaguez deste momento.

E se a tarde vier, deixá-la vir
E se a noite quiser, pode cobrir
Triunfalmente o céu de nuvens calmas

De costas para o Sol, então veremos
Fundir-se as duas sombras que tivemos
Numa só sombra, como as nossas almas.

Reinaldo Ferreira

segunda-feira, 5 de março de 2012

Irrepetível



Assim é a fotografia. Assim é a vida.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Do passado, do futuro e de sempre

Sexta fui ao Fantas.
Já nem me lembrava de ir. Alguém me recordou dos outroras à porta do Carlos Alberto, amontoados entre vampiros e canibais, à espera da estreia de um qualquer Pesadelo em Elm Street, enquanto o filme que devia ter começado às 22 estava uma hora atrasado e o das 23.30 só começaria lá para a uma da manhã. Eram tempos de algum amadorismo, mas de almas ávidas por filmes gore, cheios de monstros e de sangue a jorrar por todo lado. E havia palmas e assobios quando entravam os vilões e um ambiente como não se experimenta na sessão da pipoca dos grandes centros modernos.

Foi uma sessão dupla, o que depois de 8 horas de aulas e um jantar frugal, que não houve tempo para mais, causou mossa nestas décadas que o meu corpinho já vai acumulando. Mas deu gozo poder gritar a meio do filme: "Olha pra trás!" e bater palmas no fim e rir da coisa surreal que é o "Plano 9 dos Vampiros Zombie". De um realizador que tentava fazer tudo ao primeiro take para não gastar película, temos direito a uma história sem sentido, com diálogos sem pés nem cabeça, atores a embaterem nos cenários, mudanças de dia para noite e de noite para o dia na mesma sequência e as piores naves espaciais da história do cinema, penduradas em fio de pesca. Morreu na miséria e no álcool, não tinha talento absolutamente nenhum, mas os seus filmes tornaram-se clássicos. Edward Wood: o pior realizador de sempre.
De Blade Runner nem vale a pena dizer mais nada. É o filme da minha vida. Ponto. De todas as versões que vi, prefiro a primeira, com a voz off do Harrison Ford, que nos explica no fim que a longevidade de Rachel não estava pré-determinada. Ainda que faltasse apenas isto, já faltava muito.
Spooky...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O melhor filme de todos os tempos

Logo à noite no Fantas, a rever. Vi a versão original mais de uma dezena de vezes e a Director's Cut apenas duas. Há meia dúzia de versões, pelo menos. Esta é a Final Cut e julgo que não tem a voz off do Deckard. Faz falta, pois dava-lhe um tom de film noir. A ver vamos.
Logo à noite, no Rivoli, para descobrir aquilo que faz de nós humanos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Foi ontem

O dia internacional da língua materna. Isto, contudo, é como o natal, celebra-se todos os dias. Aqui fica um haiku zen do Herberto Helder, para não o deixar passar em branco.

No fundo das montanhas está guardado um tesouro

para aquele que nunca o procurar.

Herberto Helder

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ao nível do sol




Domingo de geocaching, pelas serras, ao nível do sol.