terça-feira, 28 de maio de 2013

OK OK os negatrons por cá andam...


Estas duas últimas semanas têm sido medonhas. Coisas perturbadoras, que me prenunciam que o advento do ómega está por aí. As forças cósmicas tiraram um tempo para me perturbar, mas eu ainda vejo a linha prateada em cada nuvem. Vai chover, mas não há wekafajeka... A caminho, pois de outras luzes, com o horizonte preenchido pela promessa de um outro caminho. Mais luminoso. O caminho das estrelas.
LIVE LONG AND PROSPER!

terça-feira, 21 de maio de 2013

sábado, 18 de maio de 2013

Vade retro negatrons!!!


Bem, desde que 2013 teve início que a minha vida tem sido uma pequena calamidade em cima de outra e ainda o ano não vai a meio. Já fui duas vezes de urgência para o hospital, já avariou quase tudo o que tenho em casa, a scooter duas vezes, nem quero pensar como estará a Suzuki, já me partiram o vidro e assaltaram o carro e já levei a bichinha, inchada e deformada, duas vezes - no espaço de quinze dias - à urgência do veterinário. Nem falo das questões da escola, porque entre Crato, Passos e Gaspar se anunciam hecatombes e tenho tido problemas do arco da velha, ainda que não conheça a velha e nem saiba que arco é que ela tem... Fora os problemas burocráticos do costume: acabo de descobrir que o sistema da FLUP regista que tenho propinas em atraso de 2008!!! Vá lá que tenho ali o recibo, só falta a cadela roer, ou o vento levar, ou haver um incêndio. Já espero tudo. Minha mãe fala na roda que começou a desandar e contra a qual não há luta possível, eu penso em mau olhado e antevejo desgraças futuras. Talvez queime um pauzinho de incenso a ver se consigo expulsar estes negatrons que invadiram a minha morada. Ah!!!! Ai que me esqueci de pagar o IMI! Lá vem coima!!!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ora aqui está a notícia de que estava à espera!!!!



No meio deste ambiente depressivo, temos que encontrar detalhes do quotidiano que, de alguma forma, surjam como promessa de pequenas alegrias (ou de grandes felicidades, já agora). Ainda bem que há fundos para pesquisas científicas e pessoas suficientemente empenhadas para as desempenhar, pois são elas que nos proporcionam boas notícias. Eu cá aprovo o desenvolvimento de estudos que promovam a nossa qualidade de vida e este é mesmo aquele que eu - há anos - gostava de conhecer. De facto, já me tenho questionado muitas vezes: mas porque diabo ficamos com o cabelo branco? Na minha cabeça, que já os tem a branquejar desde os 18 anos, isto não estava apenas relacionado com o passar do tempo e agora os homens da ciência parece que descobriram o antídoto. É de celebrar. Até porque o tempo que nos poupa nas idas atrozes ao cabeleireiro pode ser rentabilizado noutras coisas. Jogar Nintendo, por exemplo: parece que a Zelda para a 3DS sai a 31 de dezembro. Ah, espera, posso jogar no cabeleireiro. Hmmm........

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Convicções


Eis alguém que acredita que se deve usar muitos acentos!

sábado, 27 de abril de 2013

Eis a primavera

Este ano de 2013 tem sido medonho... Nem ouso pegar na minha VanVan para dar uma voltinha temendo o pior. Esta semana, numa das minhas passeatas pela Madalena, tive a triste surpresa de ter o meu carrinho assaltado, com direito a vidro partido e um milhão de caquinhos espalhados pelos bancos, pelo chão... Resolveu-se, quase tudo tem solução, mas gostaria muito de dissipar os negatrons que tomaram conta da minha vida. Pelo menos, chegou a primavera e - ainda que ventosos - os dias já têm sol e céu azul.
 E aves que nos alegram.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Abril



APRIL is the cruellest month, breeding  
Lilacs out of the dead land, mixing  
Memory and desire, stirring  
Dull roots with spring rain.

T. S. Eliot The Wasteland

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pulseira laranja

Eu não acredito em mau olhado. Quero continuar convicta de que tal coisa efetivamente não existe, no entanto, se houvesse uma empresa fumigadora de pragas e bruxarias, juro que a contratava. Tem acontecido de tudo um pouco e quase tudo mau. E pelo meio uma nova incursão às urgências do Pedro Hispano. Desta vez, calhou-me um médico romeno, que falava espanhol aportuguesado. Deve haver algum simbolismo nisto, mas confesso que me escapa, até porque ia dobradinha de dores e entendê-lo foi um esforço titânico. Pelo menos tenho um diagnóstico, o que em si é bastante inovador, se bem conheço as urgências hospitalares e já vou conhecendo algumas. Não tenho alunos no horizonte até dia 2 de abril, mas tenho nuvens negras e previsões de tormentas e outras antipatias climatológicas. Confesso que estou com alguma dificuldade em ver o lado positivo das coisas, mas ando a tomar pastilhas...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Não sei se tudo errei


Vi as águas os cabos vi as ilhas
E o longo baloiçar dos coqueirais
Vi lagunas azuis como safiras
Rápidas aves furtivos animais
Vi prodígios espantos maravilhas
Vi homens nus bailando nos areais
E ouvi o fundo som de suas falas
Que já nenhum de nós entendeu mais
Vi ferros e vi setas e vi lanças
Oiro também à flor das ondas finas
E o diverso fulgor de outros metais
Vi pérolas e conchas e corais
Desertos fontes trémulas campinas
Vi o rosto de Eurydice das neblinas
Vi o frescor das coisas naturais
Só do Preste João não vi sinais

As ordens que levava não cumpri
E assim contando tudo quanto vi
Não sei se tudo errei ou descobri

Sophia de Mello Breyner - Navegações 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Há de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida



há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado

por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém

e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão

(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)

um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade 

Al Berto