
“Para morrer basta estar vivo”. É verdade e para que os múltiplos gadgets que preenchem o nosso quotidiano deixem de funcionar basta que existam. Foi o que aconteceu com o meu serviço MEO. Acendeu umas luzes vermelhas e não dá acordo de si. Nem TV, nem Internet, nem telefone. Os senhores do atendimento, que me falam em tom monocórdico e com problemas de dicção, depois de me mandar ligar e desligar o equipamento várias vezes – o que eu prevendo esta solução de informático já fizera em antecipação – informaram-me que só cá podiam mandar o técnico 48 horas depois. Em horário de trabalho. Acho bem, todos temos que trabalhar. O meu problema é que a cadela, embora sobredotada, não foi treinada para abrir a porta. Não interessa, eu resolvo esta questão, mas “Vou ficar sem o serviço dois dias?!” “Temos pena.” OK. Eu nem por isso.
Os matarruanos podem ter tablets que vão carregar ao La Petite Noisette, mas não têm luz elétrica, falam aos grunhidos e veem desenhos animados. É a versão 1.0. Por aqui há fibra ótica, uso o meu tablet para ler The Picture of Dorian Gray em ebook e já gostei mais de desenhos animados. É a versão 2.0. Ah, e estão sempre a tocar à campainha a oferecer serviços de TV, Internet e telefone. Mais baratos e talvez mais eficientes. Vantagens de ter eletricidade, tenho campainha.
É óbvio que está na altura de fazer um upgrade. Afinal, o comando é meu.