quinta-feira, 19 de maio de 2011

Coisas insólitas

Num dos passeios de fim de tarde aqui pelas redondezas, descobri um canteirinho selvagem de morangueiros, umas plantinhas raquíticas, a crescerem nos intervalos do cimento de um passeio por onde apenas passeio eu e a cadela. Trouxe um para casa e pus no vasito de uma roseira que não sobreviveu. Toda a gente lhe prognosticou uma morte rápida, mas este moranguinho minúsculo é o meu orgulho: só com água, ar e luz, eis um mini morango a crescer na lavandaria. Mais espaço e plantava um canteiro. Os chineses, pelos vistos, na sua luta contra melancias raquíticas, criaram uma espécie mutante. Explosiva. As coisas que a gente come. Tivesse eu tempo e dedicava-me ao cultivo, tomava ali um terreninho comunitário e era ver os morangos a crescer, os tomateiros, as ervilhas de quebrar... Lá virá o dia.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O sol andou fugido

Quando tudo configurava uns dias de lagartice esparramada ao sol, eis que muda a conjuntura e a inactividade se transforma em actividades de ar livre mais cansativas.


Descansou o espírito. Já não foi mau.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Este blogue vai de férias :)

De férias relativas e com muuuuuuuito trabalho para fazer. Muda-se a vista e o mar. Já não é mau.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nunca gostei dele

Nem como PM, nos idos da yupidoom, quando começou o descalabro que abriu o caminho para estes dias tão negros que marcam o quotidiano do nosso cantinho. Não ter coragem para aceitar uma decisão da Assembleia da República e fazer como Pilatos, deixando que seja o TC a forçar uma decisão, que, na prática, obriga a implementar um sistema de avaliação que daria trabalho a Belzebu conceber é o caminho certo para renovar no poder o partido que ainda lá está. Eu estava indecisa, mas o PSD já não tem o meu voto. O Cavaco não o teve e ainda bem. Promulgam-se leis que têm efeitos retroactivos, ou que impõem condições assentes em situações passadas que não eram variáveis a considerar no passado, e não se tem a coragem política de acabar com a iniquidade deste modelo de avaliação. Ando eu em visitas de estudo e investigações científico-pedagógicas, estou eu aqui a corrigir testes, a rever trabalhos, a propor e verificar tarefas de reescrita, a engenhar ideias para desenvolver aprendizagens efectivas, a formar professores estagiários, para que estes burocratas sem espinha me imponham uma coisa pérfida em que alguém vai ter que verificar aleivosias como "Reconhece que o saber próprio da profissão se sustenta em investigação actualizada" - há alguém que o não reconheça?, até o polícia da Escola Segura o sabe! - ou "Utiliza evidências na análise crítica do seu processo de ensino e formula hipóteses justificativas dos resultados" - eu nem sei o que é que isto significa. Porra! Entre Sócrates e Cavacos e SCUTS e FEEFs c'um carago! Tenho mesmo que me pirar deste país! Não sei se é a fuga de um cérebro, mas é a fuga de uma cidadã que ainda paga impostos!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O povo eleito

Deus deu aos portugueses um leito estreito para nascer e o mundo inteiro para morrer.

Padre António Vieira

Hoje, como outrora, o mundo continua a ser nosso, para morrer, mas também para viver e este leito estreito onde nascemos está cada vez mais estreito. Não temos asas, não temos naus, mas temos ainda uma réstia da ânsia do futuro e este só pode estar longe deste "ninho meu paterno".

terça-feira, 29 de março de 2011

Chamem um médium!

É comum ouvir-se dizer que se fossem as mulheres a governar, o mundo andaria mais organizado. Infelizmente, os cargos de governação são entregues a homens que nem um jantar conseguem cozinhar ou que para o fazer de forma absolutamente inábil incendeiam a cozinha. Eu sei que alguns dos melhores chefs são homens, mas esses, além de excepções, são excepções. Por isso se fala deles. Qualquer mulher, se apenas cozinhasse, seria muito melhor. Porém, para além de o fazer, ela tem de cuidar da casa, dos filhos, da roupa, do seu visual, de limpar o pó, de arrumar a cozinha, de ir comprar o leite e os iogurtes (sim não é por magia que isso se materializa no frigorífico!), de dar banho ao cão... e todas as outras multi-tarefas que inviabilizam a nossa especialização. Agora leio que a Elizabeth Taylor deixou uma fortuna de MIL MILHÕES DE DÓLARES!!!! E leio também que o nosso país está economicamente um bocadinho acima de lixo. Aposto que a Liz não sabia o que eram os factores macro-económicos, nem os PIBs, nem as derrapagens orçamentais. Sabia governar uma casa e - pela quantidade de maridos que foi tendo - sabia que os homens não contribuíam lá muito para a eficácia desse governo. Não digo que o PM se ponha em contacto mediúnico com ela, essencialmente porque acredito que este homem seria incapaz de aprender alguma coisa e também porque ele já contacta com a Angela, uma mulher, como é óbvio, mas acho que alguém lhe devia falar. Pelo menos para não chegarmos a lixo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia da poesia

Um dos meus poemas favoritos. Para não deixar passar em branco este dia tão bonito.
( Cartaxo comum ou Saxicola torquatus, ali, onde o sol bate nas águas)
Eu, 
Rosie, eu se falasse eu dir-te-ia

Que partout, everywhere, em toda a parte,

A vida égale, idêntica, the same,

É sempre um esforço inútil,

Um voo cego a nada.

Mas dancemos; dancemos

Já que temos

A valsa começada

E o Nada

Deve acabar-se também,

Como todas as coisas.

Tu pensas

Nas vantagens imensas

De um par

Que paga sem falar;

Eu, nauseado e grogue,

Eu penso, vê lá bem,

Em Arles e na orelha de Van Gogh...

E assim entre o que eu penso e o que tu sentes

A ponte que nos une - é estar ausentes.

Reinaldo Ferreira

quinta-feira, 10 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

Pisco de peito ruivo

Apanhei-o! Estava difícil...