quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nunca gostei dele

Nem como PM, nos idos da yupidoom, quando começou o descalabro que abriu o caminho para estes dias tão negros que marcam o quotidiano do nosso cantinho. Não ter coragem para aceitar uma decisão da Assembleia da República e fazer como Pilatos, deixando que seja o TC a forçar uma decisão, que, na prática, obriga a implementar um sistema de avaliação que daria trabalho a Belzebu conceber é o caminho certo para renovar no poder o partido que ainda lá está. Eu estava indecisa, mas o PSD já não tem o meu voto. O Cavaco não o teve e ainda bem. Promulgam-se leis que têm efeitos retroactivos, ou que impõem condições assentes em situações passadas que não eram variáveis a considerar no passado, e não se tem a coragem política de acabar com a iniquidade deste modelo de avaliação. Ando eu em visitas de estudo e investigações científico-pedagógicas, estou eu aqui a corrigir testes, a rever trabalhos, a propor e verificar tarefas de reescrita, a engenhar ideias para desenvolver aprendizagens efectivas, a formar professores estagiários, para que estes burocratas sem espinha me imponham uma coisa pérfida em que alguém vai ter que verificar aleivosias como "Reconhece que o saber próprio da profissão se sustenta em investigação actualizada" - há alguém que o não reconheça?, até o polícia da Escola Segura o sabe! - ou "Utiliza evidências na análise crítica do seu processo de ensino e formula hipóteses justificativas dos resultados" - eu nem sei o que é que isto significa. Porra! Entre Sócrates e Cavacos e SCUTS e FEEFs c'um carago! Tenho mesmo que me pirar deste país! Não sei se é a fuga de um cérebro, mas é a fuga de uma cidadã que ainda paga impostos!!!

3 comentários:

Mundo ao Quadrado disse...

MUITO BEM!!!
Gostei! Também não gosto, mas é a vida... ATENÇÃO! também gostei da parte em que o acordo ortográfico aqui não se insere.
Nada discordo!

Carmo disse...

O Acordo ainda não chegou por pura indolência da escriba... Mas não há de tardar. (fica sem hífen, fica) :)

Anónimo disse...

Também quero fugir. Mas para onde?
jorge braga