terça-feira, 27 de abril de 2010

Ó pró que me deu!...


Pus-me a ver o Telejornal! Agora vou ver o preço dos vôos daqui para fora...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Speedminton?? I don't think so

Não é segredo que adoro ténis. Acho um desporto com estética, é bonito de se ver, e a sua prática exige muito do atleta, pois, sendo individual, obriga a uma constante superação de limites - físicos, mentais, técnicos... É bonito e parece simples, mas a simplicidade é só aparente. O speedminton? É giro para jogar na praia, mas desporto? Se calhar...

Dia de ir à bola


Com a chegada da Primavera, podemos cair em comportamentos pouco quotidianos. Até ia mais vezes à bola, se gostasse de futebol... Claro que a entrada da polícia de choque para evitar os confrontos entre claques estraga um bocado o ambiente.


Entretanto, a minha bichinha está uma vez mais de funil na cabeça. Há já largos anos que compreendi que quando estamos doentes devemos ir a três ou quatro médicos diferentes e depois escolher a opinião que mais nos agrada. Entendi que esta regra era aplicável também aos advogados, embora com estes seja mais complicado, pois eles tendem a dizer o que gostamos de ouvir. E como a vida é cheia de aprendizagens, umas mais relevantes do que outras, julgo poder adequar esta regra aos veterinários. Não havia necessidade de tanto desconforto!...

domingo, 18 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

Why I love the eighties


Transvision Vamp e os meus dias de punk de subúrbio.
FIGHT THE POWER! OI!OI!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bolonha, ou como uma boa ideia pode resultar num pesadelo


Li há pouco aqui que os principais envolvidos no processo de Bolonha estavam unânimente contra ele. Embora nas suas origens a Declaração de Bolonha tivesse mui nobres objectivos, na medida em que visava criar uma espécie de "Academia Europeia", um espaço comum em que o Ensino Superior fosse passível de ser partilhado por todos e, consequentemente, proporcionasse a mobilidade entre as várias Universidades da Europa, a verdade é que desde o minuto que foi implementado, todos nós nos questionámos sobre a sua validade. De facto, grande parte das transformações que este novo modelo exigiu passaram pela alteração de currículos, devido, essencialmente, à lógica inerente à ideia de Ciclo e de Unidades de Crédito que é necessário possuir para se obter aprovação nos diversos ciclos. Assim, uma Licenciatura passou a ter a duração de 3 anos, um Mestrado 2 e um Doutoramento 3. Sem considerar todas as situações de injustiça a que estão submetidos os antigos estudantes que demoraram 5 anos para obter uma licenciatura, a situação é de tal forma caricata que o Estágio Pedagógico que os imberbes alunos realizam no seu 5º ano de Faculdade corresponde a um Mestrado, sendo que a Tese a ser defendida no seu final é uma espécie de fusão entre um relatório de trabalho e uma pequena experiência pedagógica, com cerca de 50 páginas. Cada vez se lhes pede menos e os estudantes cada vez acham a vida mais difícil e queixam-se interminavelmente que têm muito trabalho. Esta gente vive à custa dos pais até à terceira idade, não porque haja poucas oportunidades, mas porque aquilo que se lhes oferece para início de vida exige que trabalhem de facto, e estas são as oportunidades que eles não querem. Se tudo sempre lhes caiu no colo, porque hão-de agora desenvolver algum tipo de esforço para que as coisas lhes venham para ao mesmo colo? Não faz sentido.
Nos momentos de crise ontológica por que vou passando ao longo de todos os anos lectivos vou ponderando sobre o meu futuro enquanto ser humano. Os alunos do Secundário que me saem das mão terão obrigatoriamente que saber ler e escrever, por enquanto ainda não abdiquei disso, mas o que constato é que são cada vez mais incapazes de pensar e cada vez menos autónomos. Vão sabendo o que se passa: "Coitadinho do Leandro!", "Ai aquilo na Madeira! Que horror, setora!", mas não são capazes, de uma forma genérica, de reflectir sobre essas coisas. Acedem ao Ensino Superior para - entre uma cerveja e um cortejo académico - decorarem umas coisas ou cabularem nos Exames e de lá saírem, ao cabo de 3 anos, que - com todas as férias e suspensões de actividades para avaliações - vão efectivamente pouco além de ano e meio de trabalho. Sim, sim, já fiz a pesquisa. Depois a gente apanha estes Drs. ao balcão da Zon, nas caixas dos hipermercados, a fazer inquéritos à nossa porta. Ou, horror dos horrores!, como o nosso futuro médico de família! Ou o professor dos nossos filhos!!!!! Ou o veterinário do nosso animalzinho de estimação!!!!! E este é um futuro dantesco. Eu sei que o mundo atravessa uma crise que parece interminável, também sei que há misérias e horrores no mundo que ultrapassam estas pequenas crises pessoais, mas de uma forma algo idealista sempre acreditei que as gerações mais antigas deviam preparar as novas para as superarem e não é isso o que vejo. E assim antevejo não um Quinto Império de glória mas um futuro de miséria espiritual e de crise de valores, que me leva a ponderar seriamente a hipótese de fundar uma herdade comunitária, de acesso restrito a quem saiba pensar.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dias de saudade e nostalgia...

Thank you for the days
Those endless days, those sacred days you gave me
I'm thinking of the days
I won't forget a single day believe me

I bless the light
I bless the light that lights on you believe me
And though you're gone
You're with me every single day believe me

Days I'll remember all my life
Days when you can't see wrong from right
You took my life
But then I knew that very soon you'd leave me
But it's alright
Now I'm not frightened of this world believe me

I wish today could be tomorrow
The night is long
It just brings sorrow let it wait

Thank you for the days
Those endless days, those sacred days you gave me
I'm thinking of the days
I won't forget a single day believe me

Days I'll remember all my life
Days when you can't see wrong from right
You took my life
But then I knew that very soon you'd leave me
But it's alright
Now I'm not frightened of this world believe me

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Tenho um fraquinho pelos surrealistas...

Não devia, pois a maior parte das vezes são absolutamente incompreensíveis. Deve ser por isso mesmo, pois no mundo há coisas que estão - e com toda a justeza - fora da nossa capacidade de compreensão. Mas há algo de terrivelmente sedutor no modo como se pode desconstruir o real e assumir como viável uma nova sintaxe e um novo conjunto de significados e assim o mundo pode muito bem ser aquilo que quisermos ver. Ou sonhar.

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte
violar-nos
tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas
portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar

Mário Césariny

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Beam me up,...Grissom?!?!

Bem, bem, que dizer acerca do Startrek? Que foi um vício de juventude? Que me apraz que as novas gerações ainda se mantenham, de algum modo, ligadas a esta mitologia trekkie? Pois. Eu vi a série original na velhinha televisão a preto e branco dos meus pais, esperando ansiosamente cada episódio - depois de lhe ter resistido algum tempo, pois substituiu o "Espaço 1999" e aqueles monstros que nos roubavam o sono, escondidos nas sucatas estelares, por onde a lua, sim a lua, passava em total desgoverno. Havia qualquer coisa no "Space, the final frontier." que eu, sem saber inglês, sabia de cor, palavra por palavra, até ao sintacticamente duvidoso split infinitive: "to boldly go where no man has gone before." Há razões para haver uma legião de seguidores desta série já quarentona, mas, sem querer entrar em detalhes, eu gostava mesmo de a ver, sem saber porquê. Os aliens eram sempre diferentes e as narrativas eram de uma moral impecável. A dinâmica Spock/McCoy, a incrível Uhura, o canastrão do capitão Kirk, e todo o resto da família deixavam-me sempre numa angústia tremenda em relação ao seu destino nas estrelas. Redescobri o Startrek com a Next Generation e apaixonei-me totalmente pela fleuma do Capitão Picard, o francês com uma pronúncia britânica perfeita, viciado no seu "Tea. Earl Grey. Hot.", que vim a experimentar também. E até hoje lamento que não tenham sido inventados os Replicators, que me poupariam imenso tempo na confecção da sopa. E do Earl Grey, já agora.

Foi com prazer que assisti, esta semana, a um episódio do CSI que homenageia e parodia esta série. Nada deve ser levado demasiado a sério e a brincar a brincar aprendemos que... Bem, eu faço as minhas aprendizagens aqui e acoli, quem quiser que as faça também.
E como há vida para além da TV, ando a tentar ler "No teu Deserto", de Miguel Sousa Tavares, que por engano (só pode), uma amiga me ofereceu. Devo ser a única pessoa que conheço que achou o "Equador" absolutamente intragável e cheio de erros morfossintácticos, que me doeram como pedras a que desse "topadas", não posso com o autor, que tem sempre um ar avinhado, e estou a fazer o sacrifício de ler este livrinho, porque, enfim, foi oferecido. Pelo menos é fininho. Já penei por mais ou menos 40 páginas e ainda não aconteceu nada: o narrador carregou um jipe, partiu para o deserto, quase que perdia o barco em Algeciras, embarcou e tal. Pelo meio fuma e bebe e, embora não se deva confundir autor com narrador, a verdade é que... são chatinhos os dois. E parece que gostam muito de uísque... É o ar que dá.