segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Beam me up,...Grissom?!?!

Bem, bem, que dizer acerca do Startrek? Que foi um vício de juventude? Que me apraz que as novas gerações ainda se mantenham, de algum modo, ligadas a esta mitologia trekkie? Pois. Eu vi a série original na velhinha televisão a preto e branco dos meus pais, esperando ansiosamente cada episódio - depois de lhe ter resistido algum tempo, pois substituiu o "Espaço 1999" e aqueles monstros que nos roubavam o sono, escondidos nas sucatas estelares, por onde a lua, sim a lua, passava em total desgoverno. Havia qualquer coisa no "Space, the final frontier." que eu, sem saber inglês, sabia de cor, palavra por palavra, até ao sintacticamente duvidoso split infinitive: "to boldly go where no man has gone before." Há razões para haver uma legião de seguidores desta série já quarentona, mas, sem querer entrar em detalhes, eu gostava mesmo de a ver, sem saber porquê. Os aliens eram sempre diferentes e as narrativas eram de uma moral impecável. A dinâmica Spock/McCoy, a incrível Uhura, o canastrão do capitão Kirk, e todo o resto da família deixavam-me sempre numa angústia tremenda em relação ao seu destino nas estrelas. Redescobri o Startrek com a Next Generation e apaixonei-me totalmente pela fleuma do Capitão Picard, o francês com uma pronúncia britânica perfeita, viciado no seu "Tea. Earl Grey. Hot.", que vim a experimentar também. E até hoje lamento que não tenham sido inventados os Replicators, que me poupariam imenso tempo na confecção da sopa. E do Earl Grey, já agora.

Foi com prazer que assisti, esta semana, a um episódio do CSI que homenageia e parodia esta série. Nada deve ser levado demasiado a sério e a brincar a brincar aprendemos que... Bem, eu faço as minhas aprendizagens aqui e acoli, quem quiser que as faça também.
E como há vida para além da TV, ando a tentar ler "No teu Deserto", de Miguel Sousa Tavares, que por engano (só pode), uma amiga me ofereceu. Devo ser a única pessoa que conheço que achou o "Equador" absolutamente intragável e cheio de erros morfossintácticos, que me doeram como pedras a que desse "topadas", não posso com o autor, que tem sempre um ar avinhado, e estou a fazer o sacrifício de ler este livrinho, porque, enfim, foi oferecido. Pelo menos é fininho. Já penei por mais ou menos 40 páginas e ainda não aconteceu nada: o narrador carregou um jipe, partiu para o deserto, quase que perdia o barco em Algeciras, embarcou e tal. Pelo meio fuma e bebe e, embora não se deva confundir autor com narrador, a verdade é que... são chatinhos os dois. E parece que gostam muito de uísque... É o ar que dá.

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