sábado, 31 de dezembro de 2011

Fim de ano

Neste final de ano tive direito a:
  • mota avariada
  • estiramento do gémeo
  • virose
  • constatação depressiva de que o tempo nos afasta - e muito - de pessoas de quem já gostámos
  • 3 coimas!!!

Tenho azar aos anos pares, por isso nem quero ver o que por aí vem...

Para terminar, contudo, sem foguetes nem passas nem atos volitivos para tempos vindouros, uma das minhas músicas preferidas e um poema que calha sempre bem.



E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos

David Mourão-Ferreira
1927-1996

BOM 2012 A TODOS OS QUE PASSAREM POR ESTES MARES!

domingo, 18 de dezembro de 2011

sábado, 17 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O MEO é pra matarruanos


“Para morrer basta estar vivo”. É verdade e para que os múltiplos gadgets que preenchem o nosso quotidiano deixem de funcionar basta que existam. Foi o que aconteceu com o meu serviço MEO. Acendeu umas luzes vermelhas e não dá acordo de si. Nem TV, nem Internet, nem telefone. Os senhores do atendimento, que me falam em tom monocórdico e com problemas de dicção, depois de me mandar ligar e desligar o equipamento várias vezes – o que eu prevendo esta solução de informático já fizera em antecipação – informaram-me que só cá podiam mandar o técnico 48 horas depois. Em horário de trabalho. Acho bem, todos temos que trabalhar. O meu problema é que a cadela, embora sobredotada, não foi treinada para abrir a porta. Não interessa, eu resolvo esta questão, mas “Vou ficar sem o serviço dois dias?!” “Temos pena.” OK. Eu nem por isso.
Os matarruanos podem ter tablets que vão carregar ao La Petite Noisette, mas não têm luz elétrica, falam aos grunhidos e veem desenhos animados. É a versão 1.0. Por aqui há fibra ótica, uso o meu tablet para ler The Picture of Dorian Gray em ebook e já gostei mais de desenhos animados. É a versão 2.0. Ah, e estão sempre a tocar à campainha a oferecer serviços de TV, Internet e telefone. Mais baratos e talvez mais eficientes. Vantagens de ter eletricidade, tenho campainha.
É óbvio que está na altura de fazer um upgrade. Afinal, o comando é meu.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dias de Inverno, por conseguinte

Dias de canseira, de escuridão, de caligrafias horríveis e de gatafunhos. Dias de soneira e de frio. Dias de cobertor. Dias pequeninos. Dias de saudades de outros dias.

Au milieu de l'hiver, j'ai découvert en moi un invincible été.
Albert Camus

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Música para purificar as águas...

The Hidden Messages in Water

domingo, 4 de dezembro de 2011