sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Bye bye Dementieva
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A mais bonita canção de amor de sempre
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Regresso às origens
sábado, 16 de outubro de 2010
Inspirações
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Vintage
domingo, 10 de outubro de 2010
Do desassossego
O “Livro do Desassossego” não é, em boa verdade, um livro. É um conjunto de fragmentos de ideias, sonhos, reflexões, questionações… Não há propriamente uma ordem para a sua leitura. Nele colhe-se uma ideia, descobre-se uma reflexão, pesca-se um sonho. Redigido por um insignificante ajudante de guarda-livros, revela-se uma pequena bíblia que pode (des)orientar um qualquer acólito.
O “Filme do Desassossego” tenta ambiciosamente apropriar-se destes escritos e, com um pequeno fio narrativo, apresenta-nos um Bernardo Soares que percorre melancolicamente as ruas de uma Lisboa sórdida e decadente, preso num interstício entre aquilo que é a realidade externa e aquilo que não é. Os seus pensamentos são os pensamentos de todos nós, e, portanto, qualquer um dos transeuntes pode articulá-los, ainda que não exista. Fadistas vagabundos e aciganados, gays, strippers, cocainómanos, sem-abrigo, vadios de taberna, miseráveis do high-life, não falta nada neste filme. É a tentativa de chegar à condição humana pela decadência da individualidade humana. Esta visão da cidade de Pessoa coincide com aquilo que eu sinto de cada vez que sou obrigada a lá ir: um antro de perversões, mais ou menos escondidas. Impossível a simpatia e a empatia. Se Soares recusa o colectivo, porque ele é uma prolixidade de eus, que vive a vida do lado de fora, até ser apenas aquele nada é, porque nada foi, eu recuso este filme, que me põe a ouvir do lado de fora aquilo que já pensei e ainda não pensei. Cansa e é todo ele um exercício de perversões da inteligência que não faz jus à obra de Soares. Não com um protagonista aleijado que percorre a vida e a cidade como quem se ressente da vida e da cidade. O que eu até acho compreensível, com uma cidade como aquela Lisboa. A fotografia é bonita, contudo, apesar dos olhos arregalados.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Superbactéria vem aí? Nã, já cá está há muito
Seria preocupante esta notícia, se nós por cá não estivéssemos absolutamente dominados por hiperbactérias e megavírus, resistentes e imunes a tudo, com efeitos absolutamente devastadores ao nível da auto-estima nacional, da Educação, das contas públicas e até do meu poder de compra pessoal. Não há antibióticos que as detenham. Eu até acho que o Apocalipse está à porta: fomes, guerras e pragas. Eu pelo menos tenho rogado bastantes, ultimamente. Pragas e alguns palavrões.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
De tempos a tempos...
De vez em quando aparece um livro que dá vontade de ler do princípio ao fim, enquanto os olhos não se cerram de cansaço e de sono, e nem interessa de são livros da Agustina Bessa Luís (boa coisa para os intelectuais, mas que eu não suporto), ou de um sueco morto prematuramente e chamado Stieg Larsson. Pois bem, ando às voltas com a Lisbeth Salander e ando absolutamente deliciada. Há muito que não lia umas coisas envolvendo cyberpunks e a sua atitude de solitário e marginal, com um QI acima da média e habilidades incomuns, e foi com prazer que descobri esta saga Millennium. Vou no segundo volume, traduzido para português como "A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e uma Caixa de Fósforos" e cada vez gosto mais da personagem. Depois de tantos anos a estudar literatura e linguística e a estabelecer - ou a tentar perceber - o conceito de literariedade, eis que mando tudo isso às urtigas, ou a um sítio menos picante mas igualmente desagradável, para me relaxar a perceber a organização mental de uma jovem cyberpunk no limiar da psicopatia. Coooooool!!!