sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bye bye Dementieva

Este ano tem sido uma coisa medonha! Todos os meus tenistas favoritos estão a terminar a carreira. Há coisas a que a gente se habitua, caramba, do género esperar que um dia a Dementieva ganhe um Grand Slam. Pois. Foi com uma surpresa relativa que hoje a ouvi anunciar que ia pendurar a raquete. A jogar o Masters. Podia ir até ao Australian Open, ao menos... Agora estou um bocado a modos que sem tenistas preferidos. Sobra o Nadal, mas esse é o preferido de muita gente.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A mais bonita canção de amor de sempre


Incomparável. Shane McGowan e os Pogues. A única banda capaz de chorar de uma forma alegre. Para ouvir nos momentos em que as forças cósmicas se alinham contra nós e já agora também nas alturas em que, como diz Pessoa, "a vida é jovem e o amor sorri"...

Now the song is nearly over
We may never find out what it means
Still there's a light I hold before me
You're the measure of my dreams
The measure of my dreams

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Regresso às origens

Há muitos muitos anos atrás, quando decidi jogar ténis e comprei uma raquete de madeira (que me custou 300 paus e que namorei durante umas semanas, pois era uma fortuna), a existência de courts era exígua. Havia no Boavista e em mais 2 ou 3 sítios, mas todos os outros eram absolutamente destinados a uma elite na qual eu não me integrava, nem integro. Fiz-me sócia do Boavista apenas para poder aceder aos courts, pois não tinha dinheiro para aulas, e quem se torna sócio de um clube fica, de certa forma, adepto para sempre.
É verdade que acabei a treinar nas Antas, perto do Dragão, mas agora voltei à base, ali ao Bessa XXI, e enquanto treino as esquerdas cruzadas e as direitas ao longo, vejo a pantera e recordo com desgosto que este clube tem o estádio penhorado. Na minha vida, devo ter visto 3 ou 4 jogos de futebol, todos do Boavista, e este Domingo fui ao voleibol ver o meu clube. Para o ver, tive de ir para o outro lado da cidade, para o Ameal, para o polidesportivo da Pêro Vaz de Caminha. Coisas que me fazem espécie.

As meninas ganharam. Ao menos isso.

sábado, 16 de outubro de 2010

Inspirações

Em Roland Garros, este ano, fiz questão de ver esta atleta jogar. Perdeu a partida em pouco tempo, mas derrotara a Safina e devia estar a jogar o circuito de veteranos.
Kimiko Date Krumm, 40 anos, a derrubar atletas do Top 10 e a jogar finais de torneios WTA. Pequenas coisas que nos inspiram a lutar para provar àquelas pessoas que nos dizem "Tu já não tens dedinhos para aprender a tocar guitarra." que nós somos e fazemos aquilo que metemos na cabeça que queremos ser e fazer. Não há-de ser muito difícil, tocar guitarra...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vintage


Lloyd Cole & The Commotions - Jennifer She Said .mp3

Talvez Mr. Cole tenha razão "We're to old to be singing this song.", mas há coisas que nunca mudam e o amor durará sempre para sempre.

But you change with the weather
You change with the weather
And this is the rain...



domingo, 10 de outubro de 2010

Do desassossego

O “Livro do Desassossego” não é, em boa verdade, um livro. É um conjunto de fragmentos de ideias, sonhos, reflexões, questionações… Não há propriamente uma ordem para a sua leitura. Nele colhe-se uma ideia, descobre-se uma reflexão, pesca-se um sonho. Redigido por um insignificante ajudante de guarda-livros, revela-se uma pequena bíblia que pode (des)orientar um qualquer acólito.

O “Filme do Desassossego” tenta ambiciosamente apropriar-se destes escritos e, com um pequeno fio narrativo, apresenta-nos um Bernardo Soares que percorre melancolicamente as ruas de uma Lisboa sórdida e decadente, preso num interstício entre aquilo que é a realidade externa e aquilo que não é. Os seus pensamentos são os pensamentos de todos nós, e, portanto, qualquer um dos transeuntes pode articulá-los, ainda que não exista. Fadistas vagabundos e aciganados, gays, strippers, cocainómanos, sem-abrigo, vadios de taberna, miseráveis do high-life, não falta nada neste filme. É a tentativa de chegar à condição humana pela decadência da individualidade humana. Esta visão da cidade de Pessoa coincide com aquilo que eu sinto de cada vez que sou obrigada a lá ir: um antro de perversões, mais ou menos escondidas. Impossível a simpatia e a empatia. Se Soares recusa o colectivo, porque ele é uma prolixidade de eus, que vive a vida do lado de fora, até ser apenas aquele nada é, porque nada foi, eu recuso este filme, que me põe a ouvir do lado de fora aquilo que já pensei e ainda não pensei. Cansa e é todo ele um exercício de perversões da inteligência que não faz jus à obra de Soares. Não com um protagonista aleijado que percorre a vida e a cidade como quem se ressente da vida e da cidade. O que eu até acho compreensível, com uma cidade como aquela Lisboa. A fotografia é bonita, contudo, apesar dos olhos arregalados.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Superbactéria vem aí? Nã, já cá está há muito


Seria preocupante esta notícia, se nós por cá não estivéssemos absolutamente dominados por hiperbactérias e megavírus, resistentes e imunes a tudo, com efeitos absolutamente devastadores ao nível da auto-estima nacional, da Educação, das contas públicas e até do meu poder de compra pessoal. Não há antibióticos que as detenham. Eu até acho que o Apocalipse está à porta: fomes, guerras e pragas. Eu pelo menos tenho rogado bastantes, ultimamente. Pragas e alguns palavrões.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

De tempos a tempos...


De vez em quando aparece um livro que dá vontade de ler do princípio ao fim, enquanto os olhos não se cerram de cansaço e de sono, e nem interessa de são livros da Agustina Bessa Luís (boa coisa para os intelectuais, mas que eu não suporto), ou de um sueco morto prematuramente e chamado Stieg Larsson. Pois bem, ando às voltas com a Lisbeth Salander e ando absolutamente deliciada. Há muito que não lia umas coisas envolvendo cyberpunks e a sua atitude de solitário e marginal, com um QI acima da média e habilidades incomuns, e foi com prazer que descobri esta saga Millennium. Vou no segundo volume, traduzido para português como "A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e uma Caixa de Fósforos" e cada vez gosto mais da personagem. Depois de tantos anos a estudar literatura e linguística e a estabelecer - ou a tentar perceber - o conceito de literariedade, eis que mando tudo isso às urtigas, ou a um sítio menos picante mas igualmente desagradável, para me relaxar a perceber a organização mental de uma jovem cyberpunk no limiar da psicopatia. Coooooool!!!