Não gosto de futebol. É um desporto violento, recheado de homens incapazes de dar um pontapé numa bola sem dizerem um palavrão, que andam aos encontrões, cabeçadas, rasteiradas e correm de um lado ao outro de um gigantesco relvado, durante hora e meia, sem que na realidade aconteça alguma coisa. A assistência excita-se toda, porque acredita que vai ser golo, mas depois não, nada. Uma seca. Serve isto para dizer que não aprecio os dotes futebolísticos do célebre Cristiano Ronaldo, por muito talentoso que possa ser, coisa que nem contesto. Aprecio o Cristiano por outras razões, longe do jogo da bola e que também nem sequer são os seus atributos de metrossexual. Acho piada assistir à elevação a ídolo mundial de um puto, incapaz de alinhavar um discurso coerente. Acho piada às reacções dos portugueses que começam a pensar que o homem é um desastre que ainda não aconteceu. Mas acho sobretudo piada ao facto de ser admirado pela quantidade de namoradas que vai tendo e pela vida estupidamente perdulária que, aparentemente, leva. Há algo estranhamente libertador nestes comportamentos de risco. Claro que me faz espécie que a Europa ande um pouco atordoada com os milhões - parece que foram mesmo mesmo muitos - que um clube espanhol pagou, ou vai pagar, por ele. Um escândalo qualquer. Na minha óptica, a Europa devia andar preocupada com outras coisas, e já nem falo da crise. Preocupada, por exemplo, com isto http://www.greenpeace.org/international/campaigns/toxics/electronics/where-does-e-waste-end-up
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