quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Já não vejo as andorinhas por cá

Pelos sítios por onde passeio a cadela, ali na praia da Madalena, há umas zonas de mato e, ultimamente, de lindíssimas plumas das pampas, por onde voam, cantam, chilreiam e se deixam admirar  vários tipos diferentes de passarada. Há locais em que os bandos de andorinhas são imensos e nos acompanham em gritarias e voos tangenciais. Hoje custou-me a chegar lá: a VCI cheia de carros, acidentes e um dia na escola repleto de reuniões de utilidade duvidosa. Se não fosse a cadela, provavelmente teria ficado em casa, recolhida a ver uma qualquer série no AXN, mas como lhe criei esta rotina de ir até à praia no final do dia, lá arranquei para Gaia. Demorei mais de meia hora, apanhei uma nortada gélida que anuncia o inverno e andei por lá pouco tempo. Não vi andorinhas, nem as ouvi, mas o universo brindou-me com um céu digno de melhor máquina.
  Não sei se, nos dias pequenos e chuvosos que se aproximam, vou conseguir manter este hábito, mas acho que devia. Talvez noutros poisos que não impliquem atravessar o rio Douro e acompanhada por uma máquina melhor.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dia de voltar à escolinha

Para um ano letivo que se prefigura difícil, com turmas gigantescas e horas de trabalho intermináveis e previsivelmente pouco rentáveis. Enfim, as conjunturas mudam e, nestas décadas de profissão que já experimento, já testemunhei várias. Esta é, contudo, das piores, por isso as coisas só podem melhorar.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Últimas gotas de verão

Estou aqui, para bebê-las todas!!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Criatividade e intuição

Quando tudo o resto falha, a fita cola resolve. Ou algo semelhante. Os peões intuem: se os carros não pararem, está vermelho.

domingo, 5 de agosto de 2012

Silly season?

Eu tenho uma teoria cosmogónica acerca dos Ford Fiesta e dos seus condutores. Aliás, sempre que o trânsito encrava aqui pelo Porto, há um Fiesta envolvido.  Não tenho um estudo empírico, é apenas a formulação de uma hipótese, mas, pelo sim pelo não, evito estacionar perto deles...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Saudades do futuro?? 'Bora lá!


Every time I look down on this timeless town 
whether blue or gray be her skies. 
Whether loud be her cheers or soft be her tears, 
more and more do I realize: 

I love Paris in the springtime. 
I love Paris in the fall. 
I love Paris in the winter when it drizzles, 
I love Paris in the summer when it sizzles. 

I love Paris every moment, 
every moment of the year. 
I love Paris, why, oh why do I love Paris? 
Because my love is near.

Cole Porter





domingo, 8 de julho de 2012

Lomografia

A minha formação fotográfica ocorreu nos anos 80, aproveitando aqueles cursos financiados pela U.E., que na época era C.E.E. e desenvolveu-se na área da moda e publicidade. Sei usar um ampliador - comprei um russo, que montava na casa de banho da minha mãe - sei puxar filmes, fazer máscaras, sei o que é a paralaxe, a profundidade de campo e como posso jogar com a velocidade do filme para obter efeitos estranhos, sei enquadrar, sei em que canto da foto o modelo deve ou não deve ficar, conheço a regra de ouro da fotografia,... Resisti à tecnologia digital o mais que pude, fui fazendo experimentos com câmaras digitais, rejeitando-as sempre. No entanto, este experimentalismo transformou-me numa perdulária, deixando obsoleta a minha Nikon F60, pois tarde que saia e não bata pelo menos umas 150 fotos é anormal. Nesta altura, uso 3 máquinas diferentes: uma Fuji Finepix XP (todo terreno, água e tudo), uma Nikon Coolpix P500 (uma brigde, para tirar fotos com alguma pinta sem ter de andar a trocar lentes) e uma Nikon D80 (uma reflex, para quando quero tirar fotos a sério).

Há coisa de 2 ou 3 semanas, ouvi falar da lomografia.  Fui investigar.
É aparentemente a arte de tirar fotos desfocadas, desenquadradas, com o filme queimado, fora de prazo... em máquinas com lentes de plástico, que custam cerca de 30 dólares e são remanescentes do hi-tec russo, que sempre produziu coisas tão sofisticadas. O grande problema é que as fotos são tiradas com rolo. Onde é que eu, nesta altura, consigo ter o comedimento de tirar apenas 12 ou 24 fotos?? Mandar revelar e esperar o resultado, que o mais certo é conduzir as fotos à pilha de milhares de rejeitadas que tenho vindo a acumular ao longo dos anos?


Cabeças cortadas, exposições mal calculadas, fotos desfocadas, tenho de tudo neste monte. Ah não, para este peditório já dei. Mas como sou adepta do experimentalismo, adotei uma solução de compromisso: arranjei um software e andei a arruinar algumas fotos. Obtive uns efeitos engraçados:










Ora bem: continuo adepta do enquadramento e da procura da melhor luz, da manipulação do equilíbrio de brancos para ajustar as condições luminosas às potencialidades da máquina, e tal, mas vou adotar um compromisso ainda maior. Descobri na Amazon que há uns kits que podem ser acoplados à minha D80, que a transformam numa low-tec russa dos eighties. Assim, posso desfocar todas as fotos que quiser, sem queimar o nitrato de prata dos rolos e fazer umas coisas mais para o artístico.

Acho que foi "No Ano de Todos os Perigos" que um jornalista fotográfico disse esta pérola: "uma foto de uma mulher nua é pornografia, uma foto desfocada de uma mulher nua é arte".

Vamos, pois, desfocar o verão. Pode ser que nem sinta a falta do subsídio.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Europa Uber Alles

Começo por dizer que não gosto de futebol. Nada. Nadinha. Acho um desporto perfeitamente improdutivo, em que os atletas podem estar a correr duas horas de um lado para o outro e não acontece nada. Contudo, faço parte dos vários milhões que ontem viu o jogo entre Portugal e Espanha. Não porque estivesse numa de recuperação dos princípios do Santo Condestável, nem à espera de uma padeira que corresse com a castelhana equipa, mas porque adoro o Cristiano Ronaldo. Confesso esta enorme mancha no caráter, mas acho-o o máximo. Gosto de o ver correr e surgir de forma quase felina. Confesso que também gosto da parte de vedeta. Acho imensa piada ao facto de um gajo que joga à bola ser objeto de grande esmiunçanso por parte de revistas, redes sociais e canais de televisão diversos. Fiquei com pena de o ver perder com os galegos, porque, enfim, "de Espanha nem bom vento nem bom casamento". Mas como o Universo organiza as energias, eis que agora fiquei toda satisfeita por saber que a Alemanha foi eliminada. Essa coisa da Europa unida é uma treta: não gostamos dos espanhóis e os alemães não são gente de fiar e agora essas hordas teutónicas que marchem lá para Berlim e façam BMs e Porsches, que nisso são bons.

domingo, 10 de junho de 2012

Mais um ano

Nove... e parece que foi ontem.
Continua orelhuda e feliz.