domingo, 16 de maio de 2010

One, two, Freddy's coming for you...


Devia ter 18 ou 19 anos a primeira vez que vi, querendo saltar do ecrã, um dos mais assustadores monstros da mitofilia urbana contemporânea: Freddy Krueger. Depois disso, foi o vício e muitas milhas, calcorreadas por umas Sanjo esburacadas, até ao Fantas, para assistir a sessões contínuas do "Pesadelo em Elm Street". Até às 5 da manhã, sem transportes e a passar por padarias - ainda não havia a epidemia dos Pão Quente, cujos padeiros nos ofereciam uns moletes quentinhos. Acho que vi aí uns 6 ou 7 filmes. Sempre assustadores, mas cada vez menos. Eis que volta o Freddy. Estreia esta semana, mas parece que não com o Englund, o que só por si já desmerece a coisa. Talvez vá ver.

DON'T FALL ASLEEP!

terça-feira, 4 de maio de 2010

From Germany with... love?!

A boa notícia é que é um puzzle. Gosto de puzzles.
A má notícia é que as peças são todas azuis. Chato.
A boa notícia é que tem só 100 peças. Pelo menos é pequenino, deve ser fácil.
A má notícia é que as peças são todas iguais. Muita chato.
A boa notícia é que foi um presente. Presentes são fixes.
A má notícia é que veio da Alemanha. (via-se logo porque as peças são todas azuis e os alemães não têm imaginação)
A boa notícia é que o aspirador ainda não avariou e é capaz de engolir bocadinhos de cartão.
A má notícia é que desconfio que a imagem na lata não corresponde ao puzzle, apesar de ser azul.
A boa notícia é que ainda bem que temos amigos que gostam de ir à Alemanha comprar latas.
Estes amigos podiam comprar outras coisas. Doces típicos, sei lá.

sábado, 1 de maio de 2010

Surf, praia e Jackie

Surfer is Baguera!

Praia da Arda, poucas ondas, muita nortada, algum surf. Sentadas nas dunas...



terça-feira, 27 de abril de 2010

Ó pró que me deu!...


Pus-me a ver o Telejornal! Agora vou ver o preço dos vôos daqui para fora...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Speedminton?? I don't think so

Não é segredo que adoro ténis. Acho um desporto com estética, é bonito de se ver, e a sua prática exige muito do atleta, pois, sendo individual, obriga a uma constante superação de limites - físicos, mentais, técnicos... É bonito e parece simples, mas a simplicidade é só aparente. O speedminton? É giro para jogar na praia, mas desporto? Se calhar...

Dia de ir à bola


Com a chegada da Primavera, podemos cair em comportamentos pouco quotidianos. Até ia mais vezes à bola, se gostasse de futebol... Claro que a entrada da polícia de choque para evitar os confrontos entre claques estraga um bocado o ambiente.


Entretanto, a minha bichinha está uma vez mais de funil na cabeça. Há já largos anos que compreendi que quando estamos doentes devemos ir a três ou quatro médicos diferentes e depois escolher a opinião que mais nos agrada. Entendi que esta regra era aplicável também aos advogados, embora com estes seja mais complicado, pois eles tendem a dizer o que gostamos de ouvir. E como a vida é cheia de aprendizagens, umas mais relevantes do que outras, julgo poder adequar esta regra aos veterinários. Não havia necessidade de tanto desconforto!...

domingo, 18 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

Why I love the eighties


Transvision Vamp e os meus dias de punk de subúrbio.
FIGHT THE POWER! OI!OI!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bolonha, ou como uma boa ideia pode resultar num pesadelo


Li há pouco aqui que os principais envolvidos no processo de Bolonha estavam unânimente contra ele. Embora nas suas origens a Declaração de Bolonha tivesse mui nobres objectivos, na medida em que visava criar uma espécie de "Academia Europeia", um espaço comum em que o Ensino Superior fosse passível de ser partilhado por todos e, consequentemente, proporcionasse a mobilidade entre as várias Universidades da Europa, a verdade é que desde o minuto que foi implementado, todos nós nos questionámos sobre a sua validade. De facto, grande parte das transformações que este novo modelo exigiu passaram pela alteração de currículos, devido, essencialmente, à lógica inerente à ideia de Ciclo e de Unidades de Crédito que é necessário possuir para se obter aprovação nos diversos ciclos. Assim, uma Licenciatura passou a ter a duração de 3 anos, um Mestrado 2 e um Doutoramento 3. Sem considerar todas as situações de injustiça a que estão submetidos os antigos estudantes que demoraram 5 anos para obter uma licenciatura, a situação é de tal forma caricata que o Estágio Pedagógico que os imberbes alunos realizam no seu 5º ano de Faculdade corresponde a um Mestrado, sendo que a Tese a ser defendida no seu final é uma espécie de fusão entre um relatório de trabalho e uma pequena experiência pedagógica, com cerca de 50 páginas. Cada vez se lhes pede menos e os estudantes cada vez acham a vida mais difícil e queixam-se interminavelmente que têm muito trabalho. Esta gente vive à custa dos pais até à terceira idade, não porque haja poucas oportunidades, mas porque aquilo que se lhes oferece para início de vida exige que trabalhem de facto, e estas são as oportunidades que eles não querem. Se tudo sempre lhes caiu no colo, porque hão-de agora desenvolver algum tipo de esforço para que as coisas lhes venham para ao mesmo colo? Não faz sentido.
Nos momentos de crise ontológica por que vou passando ao longo de todos os anos lectivos vou ponderando sobre o meu futuro enquanto ser humano. Os alunos do Secundário que me saem das mão terão obrigatoriamente que saber ler e escrever, por enquanto ainda não abdiquei disso, mas o que constato é que são cada vez mais incapazes de pensar e cada vez menos autónomos. Vão sabendo o que se passa: "Coitadinho do Leandro!", "Ai aquilo na Madeira! Que horror, setora!", mas não são capazes, de uma forma genérica, de reflectir sobre essas coisas. Acedem ao Ensino Superior para - entre uma cerveja e um cortejo académico - decorarem umas coisas ou cabularem nos Exames e de lá saírem, ao cabo de 3 anos, que - com todas as férias e suspensões de actividades para avaliações - vão efectivamente pouco além de ano e meio de trabalho. Sim, sim, já fiz a pesquisa. Depois a gente apanha estes Drs. ao balcão da Zon, nas caixas dos hipermercados, a fazer inquéritos à nossa porta. Ou, horror dos horrores!, como o nosso futuro médico de família! Ou o professor dos nossos filhos!!!!! Ou o veterinário do nosso animalzinho de estimação!!!!! E este é um futuro dantesco. Eu sei que o mundo atravessa uma crise que parece interminável, também sei que há misérias e horrores no mundo que ultrapassam estas pequenas crises pessoais, mas de uma forma algo idealista sempre acreditei que as gerações mais antigas deviam preparar as novas para as superarem e não é isso o que vejo. E assim antevejo não um Quinto Império de glória mas um futuro de miséria espiritual e de crise de valores, que me leva a ponderar seriamente a hipótese de fundar uma herdade comunitária, de acesso restrito a quem saiba pensar.