(foto jornal Público)
Ando há anos a perguntar se alguém conhece alguém que tenha sido multado por excesso de velocidade na VCI e tenho tido consistentemente resposta negativa. Como circulo nesta via todos os dias, frequentemente várias vezes ao dia, já constatei que as luzes que avisavam que o limite de velocidade era 90 deixaram de funcionar e há muito que deixei de ver os flashs associados à captação do retrato das matrículas dos prevaricadores. Já tinha lido na imprensa que os radares estavam inactivos, mas não pensava era que a situação se arrastava desde 2007. A VCI é um animal complicado. Tinha uma amiga que tinha suores frios quando tinha que circular por ela e evitava isso a todo o custo. A verdade é que esta via tanto permite andar a 120 como nos obriga a estar parados horas. Já demorei perto de 3 horas para ir das Antas ao Campo Alegre, um percurso que se faz em 5 ou 6 minutos, a menos de 90. Os radares, contudo, continuam lá e o povo continua a travar antes da caixinha, para acelerar assim que ela é ultrapassada e ali, perto do Dragão, é chatinho travar, que a VCI desce muito. Bem, agora vou deixar de realizar esse ritual. As caixinhas ficam lá bem, dá um ar cosmopolita à Invicta. Há, porém, outras caixinhas que andaram a pôr nas SCUTs que já não ficam tão bem. Eu entendo bem que devo pagar se quiser utilizar uma auto-estrada para ir do Porto a Viana em 45 minutos, pois a Nacional 13, a alternativa, existe, ainda que me consuma mais de hora e meia para fazer o trajecto. Agora já não entendo a razão que me obrigará a pagar portagem para fazer os 2 ou 3 quilómetros entre Gulpilhares e Arcozelo, precisamente no troço em que a SCUT comeu a Nacional 109. Como diria De Gaulle: "Este não é um país a sério." É pena, porque os nossos 8 séculos e tal de história mereciam ter engendrado um povo menos estúpido.