sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A confirmação

(foto jornal Público)
Ando há anos a perguntar se alguém conhece alguém que tenha sido multado por excesso de velocidade na VCI e tenho tido consistentemente resposta negativa. Como circulo nesta via todos os dias, frequentemente várias vezes ao dia, já constatei que as luzes que avisavam que o limite de velocidade era 90 deixaram de funcionar e há muito que deixei de ver os flashs associados à captação do retrato das matrículas dos prevaricadores. Já tinha lido na imprensa que os radares estavam inactivos, mas não pensava era que a situação se arrastava desde 2007. A VCI é um animal complicado. Tinha uma amiga que tinha suores frios quando tinha que circular por ela e evitava isso a todo o custo. A verdade é que esta via tanto permite andar a 120 como nos obriga a estar parados horas. Já demorei perto de 3 horas para ir das Antas ao Campo Alegre, um percurso que se faz em 5 ou 6 minutos, a menos de 90. Os radares, contudo, continuam lá e o povo continua a travar antes da caixinha, para acelerar assim que ela é ultrapassada e ali, perto do Dragão, é chatinho travar, que a VCI desce muito. Bem, agora vou deixar de realizar esse ritual. As caixinhas ficam lá bem, dá um ar cosmopolita à Invicta. Há, porém, outras caixinhas que andaram a pôr nas SCUTs que já não ficam tão bem. Eu entendo bem que devo pagar se quiser utilizar uma auto-estrada para ir do Porto a Viana em 45 minutos, pois a Nacional 13, a alternativa, existe, ainda que me consuma mais de hora e meia para fazer o trajecto. Agora já não entendo a razão que me obrigará a pagar portagem para fazer os 2 ou 3 quilómetros entre Gulpilhares e Arcozelo, precisamente no troço em que a SCUT comeu a Nacional 109.
Como diria De Gaulle: "Este não é um país a sério." É pena, porque os nossos 8 séculos e tal de história mereciam ter engendrado um povo menos estúpido.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mudam-se os tempos e o Cascão já toma banho


Esta era a turma da Mônica, assim mesmo, com o acento e tudo. Li dezenas de BDs desta turminha e deliciei-me com as manias das personagens: a Magali, que comia tudo o que podia, o Cascão, que fugia do banho mais rapidamente que um vampiro (dos a sério) do alho, o Cebolinha, que trocava os erres por eles e tentava infrutiferamente organizar o universo da sua rua e a Mônica que, com o seu coelho, a sua dentuça e o seu mau génio, orquestrava o caos. Pois estes pequenos heróis cresceram e foi corrigido tudo aquilo que os tornou tão apelativos, ou seja, todas as suas falhas e defeitos que os aproximavam de todos os miúdos que, como eu, tiveram a fortuna de crescer e brincar na rua. Agora já não há disso e os miúdos de oito e dez anos já não se deixam seduzir por heróis imperfeitos: adoram vampiros que bebem um sangue artificial e já não se consomem em chamas e cinza perante a luz do sol. E a bonecada das histórias aos quadradinhos tem que ser fashion.










A Magali come comida saudável, pratica desportos aeróbicos e o Cascão, esse incompreendido, virou miúdo dos desportos radicais.
Esta é a Mônica, sem coelho e com scooter cor-de-rosa. Pelos vistos tem uma "amizade colorida" com o Cebolinha... Onde está a "dentuça"?

Este é o Cebola, o diminutivo desapareceu e o defeito da fala também.
Tenho uma amiga que, quando se choca com aquilo que se passa no mundo, termina a discussão com uma expressão que é a súmula daquilo que pensa: "Isto não tem jeito nenhum!"
Faço minhas as palavras dela. Nenhum.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Season muito silly

É cada vez mais assustador este desgoverno e este desrespeito pelo cidadão comum, que tenta organizar e planear a sua vida num país onde tudo parece feito através da inspiração do momento. A gente vai de férias e quando regressa a realidade mudou. Eu conheço gente que foi de férias e, na véspera de voltar ao trabalho, recebeu um telefonema a dizer "olhe não vá que já o substituímos". Trabalhadores do Estado, obviamente.
Os resultados estão bem à vista, mas às vezes até escapam aos olhos mais treinados.

Enfim, nada que uma voltinha nos carrinhos de choque não cure. Pelo menos até ao fim das festas e romarias. Depois sempre quero ver.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dia Mundial da Fotografia

Visões de Agosto, longe da praia.